Resumo do texto:
Com a pandemia, a oferta de opções de entretenimento, novas tendências de consumo e conteúdos de relevância ficaram mais latentes;
Algumas funcionalidades das redes sociais ganharam mais força durante a pandemia - principalmente as de criação de conteúdo;
O canal do Desimpedidos surgiu em 2013 para completar uma lacuna do jornalismo esportivo - o mundo ao redor de uma partida;
O esporte digital cresceu junto com o esporte tradicional - as partidas mobilizam milhares de pessoas on-line;
A rede social Facebook conta com 139 milhões de usuários brasileiros ativos todos os meses.
A pandemia acelerou o contexto da transformação digital na vida das pessoas - inclusive no esporte. A oferta de opções de entretenimento, novas tendências de consumo e conteúdos de relevância, tornaram-se o grande desafio para marcas e modalidades esportivas apresentarem seus diferenciais.
O assunto foi debatido em um painel on-line no evento internacional WFS live powered by Ronaldo. O fundador do Hubstage e embaixador do sportainment no Brasil, Marcos Motta, acompanhou uma mesa redonda no evento que teve como convidados Ale Xavier, do canal Desimpedidos, Abner Bezerra, da Nestlé, Carlos Antunes, da Riot Games Brasil e Pitter Rodriguez, do Facebook. O painel foi mediado pelo jornalista do Máquina do Esporte, Erich Beting.
O aumento na produção de conteúdos utilizando ferramentas das mídias sociais e o evidente interesse em criar, fez com que algumas funcionalidades existentes ganhasse atenção. Segundo Pitter Rodriguez, lives compartilhadas receberam força na pandemia. “Em alguns momentos você precisa só da sua câmera e de uma boa ideia - esse é o grande lance”, explica.
Inteligência para a próxima geração
A necessidade de reinventar-se durante um momento de crise é latente. O canal Desimpedidos do Youtube surgiu (também) para trazer como entretenimento outros assuntos que envolvem uma partida de futebol. Para Alê Xavier, foi necessário complementar uma lacuna no jornalismo esportivo. “O segredo é produzir conteúdos que a sua audiência consome e interage. Na pandemia, fazemos materiais frios aproveitando o máximo da plataforma e as ferramentas que ela oferece”, diz.
Desde o surgimento, o esporte digital teve o crescimento atrelado ao esporte tradicional. Antes da pandemia, competições eram verdadeiros eventos presenciais que mobilizaram milhares de pessoas, estruturas físicas, redes de telecomunicações e patrocinadores.
Com a pandemia, foi necessário voltar-se ao mundo totalmente on-line. “Encontramos um mercado de alternativas viáveis para conectar as pessoas em uma live e entregar conteúdo de qualidade. Esperamos manter o nível depois da Pandemia. É o que mantém o nosso público e os patrocinadores”, explana Carlos Antunes, da Riot Games.
O E-sports, como são conhecidos os esportes eletrônicos, estão mais próximos do público do que aparentam e vão deixar ensinamentos aos esportes tradicionais. “Nós estamos a um tweet de elogios ou críticas. Tudo o que fazemos é muito ligado com o que os seguidores vêem no mesmo momento. É preciso tomar decisões mais rapidamente. Notamos que os esportes tradicionais já estão dessa forma, pois o público criou esse comportamento”, ressalta Antunes.
A rede social Facebook conta com 139 milhões de usuários brasileiros ativos todos os meses. Foi necessário um estudo para engajar as pessoas com o conteúdo acompanhado. De acordo com Pitter Rodrigues, “atualmente gostamos de assistir, mas gostamos ainda mais de comentar o que estamos vendo e aderir com usuários que estão acompanhando o mesmo”, ressalta. A ideia das marcas é trazer um conteúdo de alta intencionalidade que gera conversa e interação.
A readaptação de estratégias nesse período mostrou que conteúdo e público alvo ainda seguem como elo para todas as marcas. “Percebemos que durante o cenário atual nós começamos a nos ajudar mais. Todo mundo tem o objetivo de chegar no usuário final com um conteúdo de qualidade. Fomos retirados de uma zona de conforto pois tivemos que inventar novas coisas”, fala A. Xavier.
O surgimento de comunidades
Com o advento de novas ferramentas em diversas redes sociais, verdadeiras comunidades apareceram. Com interesses segmentados, foi necessário entender esse público. Tendo isso em conta, C. Antunes, junto a equipe da Riot Games Brasil, dedica tempo em planejamento e pesquisa. “Quando conseguimos dimensionar para entender o que cada um quer, temos uma grade de novas (e longas) transmissões. O caminho é alocar em cada canal o perfil de conteúdo que a gente entende que vai cair bem”, esclarece.
Todos podemos ser produtores de conteúdo sem a necessidade de um grande orçamento. É necessário saber o que será falado, a maneira e para quem será transmitido. É importante adaptar-se ao momento - de maneira rápida - sem perder o DNA da marca.
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