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Foto do escritorJuliane Martins

Sportainment e o comportamento dos torcedores

Você já ouviu o termo ‘Sportainment’? Aqui no Brasil, o embaixador do conceito é o renomado advogado Marcos Motta, sócio da Bichara e Motta Advogados, com mais de 20 anos de experiência no ramo do esporte e do entretenimento.


O termo se dá pela junção de ‘sport’ e ‘entertainment’, ou seja, esporte e entretenimento. O Sportainment tem como objetivo encantar e tornar momentos inesquecíveis por meio da construção de espetáculo em uma disputa.


O esporte como um todo passa a deixar de ser passivo e tem a preocupação de trazer a experiência com estratégia de Consumer Centric, ou seja, focada no consumidor. Assim, a preocupação passa a ser direcionada para aquilo que o espectador espera, sente e precisa.

Não é só...


Vai (muito) além disso. O Sportainment mostra que o esporte deve ser considerado parte do entretenimento das pessoas. Esse entretenimento pode acontecer de diversas formas: desde uma ida ao estádio, como assistir um campeonato à distância, acompanhar de perto seu ídolo ou clube de coração, entre muitos outros.


Hoje em dia, com tamanhos avanços tecnológicos e a globalização da comunicação, tudo isso se torna ainda mais instantâneo. Os torcedores (e os brasileiros sempre se destacam nisso), seja de qual esporte for, querem fazer parte, querem fazer a diferença. E é nisso que o mercado precisa pensar.


Novos canais


Podemos falar, por exemplo, das mídias sociais. Atualmente, é uma das formas mais evidentes de estar próximo do seu atleta ou clube admirado. Bandeiras são levantadas, partidos são tomados e os fãs estão ali, firmes e fortes, sendo audiência para seus ídolos e times do coração.


Os Jogos Olímpicos de Tóquio nos fizeram observar isso. Com a pandemia, muitos atletas perderam bolsas de apoio, patrocínios e enfrentaram desafios para se preparem para a competição de mais alto nível do esporte.


Com a visibilidade que uma olímpiada traz, foi possível conhecer a história desses grandiosos atletas e, com as mídias sociais, pudemos acompanhá-los de perto, apoiá-los e fazer com que se tornassem ainda mais visíveis para novos apoiadores e patrocinadores.


Um bom exemplo


Darlan Romani, arremessador de peso. Ele alcançou o 4º lugar em sua modalidade nos Jogos Olímpicos de Tóquio, mas em suas mídias sociais já coleciona uma legião de 461 mil fãs. Antes, os seguidores chegavam a 88 mil. Vemos que essa relação vai além de um jogo ou de uma competição.


Hoje, além de ser um grande atleta e seguir treinando e participando de competições, ele também tem a mídia social como um trabalho. O atleta já fez parcerias com Serasa, Disney Plus Brasil e outras empresas que, por sua vez, também lucram (e muito) nessa equação. E a audiência do atleta, os fãs, seguem lá, sempre engajados com seu ídolo.


Incrível o poder dessa relação fã X atleta ou clube. Hoje um atleta/clube também é um produtor de conteúdo, é uma marca e tem voz. E tudo isso só é possível por conta da paixão e participação dos torcedores. Seja em qual esporte for, seja numa transmissão ou campeonato específico. Sem a torcida e os fãs o esporte não seria a potência que é hoje.

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