Você já conhece o termo ‘eSports’? Pode ser que já tenha se deparado com outros nomes como ‘Esports’, ‘e-sports’, ‘E-games’ ou até mesmo ‘Games online’.
As possibilidades são diversas, mas para estabelecermos um conceito um pouco mais claro, podemos dizer que ‘eSports’ representa a categoria do sportainment que reúne os esportes eletrônicos.
Com o passar dos anos, a indústria do esporte eletrônico acumulou uma legião de fãs e praticantes.
O mercado, que em 2020 movimentou cerca de 947,1 milhões de dólares, já possui campeonatos específicos para jogos como League of Legendas (LOL), Counter-Strike (CS), Fortnite, entre outros.
Atletas milionários já colecionam títulos, patrocinadores, autoridade perante sua audiência, e, acima de tudo, a relação de paixão dos fãs.
Mais do que um simples telespectador
Um ponto que chama muita atenção é a relação dos fãs com os players de eSports. Sem dúvida, algo que contribuiu e foi fundamental para essa ascensão foram as transmissões ao vivo realizadas por ferramentas especializadas.
A principal e líder do mercado é a Twitch, plataforma que permite que o fã assista ao player jogar ao vivo, além de poder interagir e contribuir de forma monetária.
Os números desse universo são realmente impressionantes. Um recente relatório feito pelos especializados Rainmaker e Stream Elements mostrou que a Twitch atingiu no primeiro semestre deste ano o recorde de 12,2 bilhões de horas de jogos assistido, o que representa um aumento de mais de 50% em relação ao mesmo período de 2020.
Futuro do eSports no Brasil e no mundo
Há quem diga que os esportes eletrônicos farão parte dos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. Será que isso acontecerá mesmo?
A questão é complexa e envolve diferentes frentes. Começando pelo fato de que para ser reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) é necessário ser regido por uma federação internacional e os esportes eletrônicos ainda não vivem essa realidade.
Um outro fato que também complica a situação é que os grandes jogos que possuem campeonatos específicos têm ‘donos’, ou seja, foram criados por uma empresa ou organização.
Diferentemente dos demais esportes olímpicos, uma vez que ninguém é dono do futebol, da natação ou das modalidades recém-chegadas como surf e skate.
Aqui no Brasil o assunto ainda é mais instável. Recentemente, representantes de organizações de eSports e grandes membros da comunidade enviaram uma carta aberta aos deputados estaduais do país mostrando sua oposição para os projetos de lei que buscam regular a prática do esporte eletrônico por aqui.
Segunda a carta, eles não reconhecem a CBDEL (Confederação Brasileira de Desporto Eletrônico) e acreditam que “não há a necessidade de criação de estruturas que 'controlem' os esportes eletrônicos no Brasil".
Com certeza esse é um tema que ainda precisará de muito debate para que seja possível chegar a um consenso. Se é que ele chegará.
O que esperar do mercado de eSports
Novamente os números são impressionantes. O Relatório Global do Mercado de eSports e Live Streaming 2021 publicado pela Newzoo divulgou a projeção de que mercado deve ultrapassar a incrível barreira de 1 bilhão de dólares e chegar a cerca de 6 bilhões de reais pela primeira vez na história em 2021.
O estudo também mostra que a indústria de eSports deve registrar um crescimento de 14,5% em relação ao último ano e chegar ao faturamento de 1,084 bilhões de dólares.
Com números tão alarmantes, o interesse por parte de grandes empresas, clubes e investidores cresce cada vez mais.
Afinal, quem não quer ter sua marca associada a um universo com uma legião de fãs tão fiéis e em constante crescimento?
Fontes: Newzoo, Rainmaker e Stream Elements.
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